Acredite se quiser: este diamante é o núcleo de uma estrela, e quem fez essa descoberta foi o astrônomo brasileiro Kepler de Oliveira Filho, em 1991.
Estrelas passam por várias fases em sua vida, desde a formação até a sua "morte". A estrela-diamante, também conhecida como BMP 37093, está em um estágio conhecido como anã branca. Isso ocorre em estrelas de grande massa, que no final de sua vida, quando deixam de produzir reações nucleares, literalmente implodem, devido à imensa força gravitacional a que são submetidas por elas mesmas. O que sobra da estrela é basicamente carbono cristalizado comprimido - ou seja, a mesma composição química de um diamante. Ao todo, estima-se que a estrela tenha 10 quintilhões (o número 10 seguido de 18 zeros) de quilates. O maior diamante já encontrado na Terra tinha 3500 quilates.
Mas para os gananciosos de plantão, um recado bem decepcionante: se isso "atiçou" sua vontade de ir até a estrela e se apossar dela, pode esquecer. Ela está a 17 mil anos-luz da Terra (um ano-luz tem quase 9 trilhões e meio de quilômetros, ou seja, é impossível viajar até lá. Para se ter uma idéia, com a tecnologia atual, leva-se 4 dias para chegar à Lua, e ela está a "somente" 385 mil quilômetros de distância da Terra. Imagina quanto tempo levaria para viajar 9 trilhões e meio de quilômetros multiplicados 17 mil vezes...), e tem uma temperatura média de 12 mil graus celsius.
Esse diamante sim, é só para olhar MESMO, mas até isso seria difícil: você precisaria ter uma lupa com quase 1.4 milhão de quilômetros para conseguir ver essa estrela nitidamente.
Paciência...
Concepção artística da estrela BPM 37093, composta de diamante. Link da foto: http://www.f1cd.ru/news/science/2008/11/science_1_1.jpg
Links consultados: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI270281-EI238,00.html
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u28888.shtml
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